segunda-feira, 5 de setembro de 2011

#1: Dream Theater - A Dramatic Turn Of Events


Bem, como todos nós sabemos este é o primeiro cd lançado pela banda depois da saída de Mike Portnoy, e não poderia começar melhor este blog do que falando deste cd que ainda será lançado, porém, já vazou na internet. Muita coisa se falou e se especulou sobre este cd e o futuro da banda, mas ele está ae e vamos conferir.

NOTA: 9,67

Resumo:
Confesso que este cd era por mim muito aguardado, e começando pelo título "a dramatic turn of events" (uma virada dramática de eventos), que já nos remete toda aquele atmosfera da saída de Mike Portnoy da banda, e assim é demonstrado em todo cd, onde a banda despeja sua ira e decepção com o baterista, tanto nas melodias como nas letras, tudo gira em torno do mesmo assunto. Este álbum se destaca pelo equilíbrio, pois possui peso, belas melodias, atmosferas, orquestrações, ritmos complexos e até sons mais "modernos" explorados por Jordan, renovando um pouco o som da banda, agradando à todos que é fã desta ótima banda. No que tange a mixagem, esta peca em alguns aspectos, dando muita enfase aos teclados e guitarra, deixando apagado o baixo em alguns momentos, além da bateria que só prestando bastante atenção você ouve-se os bumbos e alguns tons. No geral, é um ótimo cd do Dream Theater.


Formação:
James LaBrie - Vocals
John Myung - Bass
John Petrucci - Guitar
Mike Mangini - Drum
Jordan Rudess – Keyboards
Tracklist:
01. On the Backs of Angels 08:42
02. Build Me Up, Break Me Down 06:59
03. Lost Not Forgotten 10:11
04. This is the Life 06:57
05. Bridges In The Sky 11:01
06. Outcry 11:24
07. Far From Heaven 03:56
08. Breaking All Illusions 12:25
09. Beneath The Surface 5:26
01- On The Backs Of Angels (Nota: 10):
O cd começa com esta belíssima música, bastante emotiva, bem construída harmonicamente, com melodias cativantes. Iniciada com orquestrações e coros, que a meu ver, tem tudo haver com o tema e letra da mesma, possui também uma guitarra um tanto pesada, mas ao decorrer da música ela se torna consoante com o resto da melodia. Destaque para alguns arranjos modernos feito por Jordan Rudess. Ponto forte para refrão, com belas rimas, bem interpretado, com bastante emoção por James.
A letra no entanto, traz uma mensagem de forma abstrata que trata da banda com seu ex baterista, onde em seu refrão fica claro essa intenção, pois a banda cita que o mesmo queria os levar a morte (terminar ou pausar as atividades da banda) por um sonho deste americano (MP). Depois a banda mostra incomodada com a dependência de Mike e que a relação entre eles não estava legal não sabendo o que esperar do futuro da mesma. Logo após no refrão se colocam na figura de cordeiros, enquanto MP um "sem vergonha" que chora pelo o que fez com a banda, os querendo levá-los para o matadouro.
02- Build Me Up, Break Me Down (Nota: 9,75):
Novamente a música traz elementos 'modernos', desta vez de forma mas direta, é um início bem pesado com uma pegada de metal alternativo, me lembrando da música >>>> da banda oficina G3, esta música porém, é bastante pesada, tudo tem um intuito, até o modo de cantar em certos estrofes são direcionados para a mensagem que eles querem passar com essa música que seria um misto de raiva/indignação com decepção, podemos dizer assim. No começo da música quando James canta "tomorrow a demon", a palavra 'demon' praticamente desaparece na mixagem, seria de forma intencional?.  
A letra fala novamente de MP, onde a banda mostra-se chateada/irritada com a decisão de Mike sair da banda, citando que o salvador de antes poderia ser o demônio de hoje, que poderia causar a extinção da banda, que ao mesmo tempo que ele ajudo-a construir-se, ele tenta destruí-la, para logo adiante demonstrar certa decepção por Mike que tantos anos se dedicou e endeusou a banda, hoje tenta crucificá-los com sua saída, só que os mesmos dizem que querem continuar vivendo esta fantasia, que seria continuar com a banda mesmo sem ele. 
03- Lost Not Forgotten (Nota: 10):
Típica música do DT, uma introdução bela de piano, um tanto épica, como uma pegada de guitarra trigada bastante pesada, como belas passagens ora melódicas ora complexas, cheias de técnicas, que todo fã de DT espera ouvir da banda. Música bem executada, em todos os sentidos, instrumentos, voz, letra, mixagem. 
Nesta letra eles tratam MP como uma tirando temido por todos, por ser o até então líder da banda, onde eles fazia e tomava todas as decisões, mas que internamente eles já passaram por momentos difíceis e não morrerão sem ele, dizendo ainda que Mike pode estar perdido, porém, não será esquecido pois reina sobre as probabilidades entre os deuses como uma alma negra, um rei imortal.
04- This Is The Life (Nota: 9,75):
É uma autêntica balada da banda, como toda aquela carga emocional que deve-se ter, com belíssimos riffs de guitarra de Pretucci, porém, quando é cantado o estrofe "Feed the illusion..." o teclado incomodou um pouco, seria o caso da mixagem abaixar um pouco o volume.
A letra fala das escolhas que os mesmos fizeram, que eles querem viver graciosamente com o dom que possuem e se demonstram chateados por MP querer sair da banda enquanto eles se sentem felizes como banda, ressaltando que tudo na vida assim como numa banda começa do zero e entregamos o futuro ao destino, porém, esta podendo dar resultados quando feito com amor assim como pode ser destruída pelo ódio, mas que tudo não passará de memórias e que MP respeite a decisão que eles tomaram em continuar com a banda.
05- Bridges In The Sky (Nota: 10):
Tem o inicio com sons tribais e com o chamado de um Shaman, um clima atmosférico e com coros partem da introdução para uma porrada sonora com riffs pesadíssimos de Petrucci, a música é uma das mais equilibradas neste cd, reunindo refrões melódicos pegajosos, passagens pesadas, complexas e algumas melódicas, tudo se complementa nesta música. 
A letra trata do momento onde a banda não queria acreditar que a saída de Mike era realidade e que acreditam que esta será uma nova aventura como forma de provação para eles mesmos que são capazes de seguirem em frente sem MP, e que com o tempo, tudo curará, linda letra.

06- Outcry (Nota: 8,5):
Nesta música novamente ouvimos orquestrações, elementos eletrônicos, e tudo aquilo que é característico so som do DT, no entanto, não me soou bem aos ouvidos a forma que James cantou os estrofes 3 e 9, assim como entre os minutos 5:15 e 5:40 é uma demonstração de exagero, que poderia ser retirada da música e esta permaneceria ótima, atenta-se para ótimas passagens dos teclados de Jordan, onde aqui é exaustivamente utilizado. 
A letra fala da fim do relacionamento da banda com MP, que é tratado como rebelde e que está pagando pela liberdade que perseguiu, relata o sofrimento da banda com a situação, porém, se vêem mais fortes e unidos

07- Far From Heaven (Nota: 10):

Esta é a segunda balada do cd, feita toda em piano, tem uma interpretação suave que trás uma tranquilidade, dando ao cd um clima mais ameno. 
A letra trata-se de um desabafo de como Petrucci está se sentindo com o momento, relatando o inferno que estava vivendo, que possui defeitos e não teria mais Mike ao lado para salvá-lo de algo.
08- Breaking All Illusions (Nota: 90):

Esta é outra música que estamos acostumado a ouvir do DT, porém o efeito utilizado por Jordan no inicio da música e entre os minutos 4:20 a 4:36 incomodam aos meus ouvidos, a música alterna bastante com momentos de pura calmaria, no entanto um ponto legal nesta música é uma levada dance, que poderia ser um pouco mais explorada numa outra música, mas que encaixou bem a salada de riffs complexos que é cada música da banda. 
Nesta letra a banda assimila a realidade dos fatos onde tentam aprender sozinhos aquilo que era feito por Mike, tendo que tomar uma nova direção com os olhos do passado da banda para lembrar-se como começaram e como devem prosseguir em frente.
09- Beneath The Surface (Nota: 10):
Com outra balada a banda fecha este ótimo cd, ao som de violão, violinos num clima de paz, e da sua metade em diante surge o sintetizador de Jordan dá uma sonoridade diferente e pra frente a carga emocional da música aumenta com uma bela interpretação de James.
A última letra trata se há hora certa de falar, se pronunciar sobre um assunto interno que nunca chegou ou não conseguiram resolver, por tudo que aconteceu.

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